No domingo (29/05/2016), os libertários americanos nomearam, por seu partido, Gary Johnson o candidato na corrida presidencial.
Milionário, self made man da construção civil, ex proprietário da empresa Big J Enterprises, empresa que vendeu por um valor não revelado, Gary Johnson entrou para a política estatal em 1994, sendo eleito no ano seguinte pelo Partido Republicano como governador do estado Novo México, e reeleito 4 anos depois. Durante seu mandato ficou conhecido como “governador veto”, por ter vetado 750 contas em seu governo, fomentado a diminuição dos impostos, foi o político que mais reduziu impostos – cortou 14 vezes impostos – mais que qualquer outro que passou pelo cargo. Outra grande luta é a liberação das drogas. Johnson é partidário da ideia que a manutenção da guerra estatal contra as drogas só produz cartelização e criminalidade desse mercado.
Em 2012, na corrida pela presidência dos EUA, conseguiu um feito jamais conquistado, foi o candidato mais votado pelo partido libertário na história, somando 1% dos votos válidos. Em 2016, com a polarização da política americana da eterna falsa dicotomia entre democratas apoiadores de Hilary Clinton e Republicanos apoiadores de Donald Trump, o libertário já se encontra na maioria das pesquisas com 10% das intenções de voto.
Pelas emissoras de televisão é acordado que candidatos que cheguem a 15% nas pesquisas de intenção de votos serão incluídos nos debates em TV’s abertas. As perguntas que ficam no ar: Será que a campanha de Gary Johson é benéfica? Há algo a ser feito no meio político estatal? Será que essa é a maneira de mudar o status quo que tanto prejudica a vida de todos?
Provavelmente não, mas talvez seja uma ótima maneira de divulgar as ideias mais relevantes à sociedade, como a livre iniciativa, o livre mercado, baixos impostos, fim da guerra as drogas, o equilíbrio das contas públicas, entre outras. Esse será com certeza o momento do americano comum pensar como o governo só existe de fato para atrapalhar a vida de todos. Enfim, um momento de reflexão sobre os valores que regem a sociedade.
Algo já expresso na citação que Murray Rothbard fez de Franz Oppenheimer, em seu livro Anatomia do Estado: “Existem duas formas fundamentalmente opostas através das quais o homem, em necessidade, é impelido a obter os meios necessários para a satisfação dos seus desejos. São elas o trabalho e o furto, o próprio trabalho e a apropriação forçosa do trabalho dos outros. Eu proponho, na discussão que se segue, chamar ao trabalho próprio e à equivalente troca do trabalho próprio pelo trabalho dos outros, de “meio econômico” para a satisfação das necessidades enquanto a apropriação unilateral do trabalho dos outros será chamada de “meio político”. O estado é a organização dos meios políticos. Como tal, nenhum estado pode existir enquanto os meios econômicos não criaram um definido número de objetos para a satisfação das necessidades, objetos que são passíveis de serem levados ou apropriados por roubo bélico”.
A política estatal é o meio utilizado pelos que não produzem riqueza e querem poder. Os nossos “representantes” não acabarão com esse nó górdio social que só os beneficia e prejudica os verdadeiros produtores e proprietários dessas riquezas. Nenhum político diminuirá o tamanho de seus gabinetes, nem diminuirá suas respectivas competências, nem tampouco desregulamentará a economia. A política estatal não é nunca será o caminho.
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Referências:
Site El economista: http://eleconomista.com.mx/politica/2016/06/04/gary-johnson-candidato-libertario
Portal Terra, notícias: http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/eleicoes/gary-johnson-sera-candidato-a-presidencia-dos-eua-pelo-partido-libertario,d394618e067a4226c66f0d580f8d7194jcq3mmzd.html
Site de campanha, Gary Johnson. https://garyjohnson2016.com/
Perfil Gary Johnson, Wikipédia: https://en.wikipedia.org/wiki/Gary_Johnson
Perfil Campanha, Gary Johnson, 2016 : https://en.wikipedia.org/wiki/Gary_Johnson_presidential_campaign,_2016